Jul 16, 2006

GRITO HUMANO um manifesto de nossa espécie

Caro amigo leitor desse modesto Blog INSIDE....
este manifesto foi produzido no Fórum do site de Astrologia
(www.quiroga.net), entre os dias 9 e 21 de agosto de 2005 (no calendário da Era cristã), por TODOS os que nele participaram (eu participei rsrsrsr!!!! )abriram seus corações, discutiram,
e também se acaloraram às vezes pelas discordâncias,
até que em determinado momento se atualizou a consciência de que este manifesto parecia muito mais um GRITO HUMANO.
NOSSO GRITO HUMANO!!!

Este texto foi feito em nome da espécie humana,

e pertence à espécie humana,
nenhum indivíduo é dono de algo que se pareça com “direitos autorais”, e por isso pode ser veiculado onde bem se entender,
modificado da forma que se quiser, apenas partimos aqui da esperança que este siga seu curso benéfico e se estenda de acordo com esse princípio.

SE VOCÊ QUER PARTICIPAR DESSE GRITO,
deixe um comentário aqui no INSIDE, ou envie mensagem para izabellaoc@ig.com.br


Nós, humanos, somos seres subjetivos, capazes de falar, e pensamos de acordo com a linguagem com que nos expressamos.

Somos, por isso, seres complexos, um pouco concretos, bastante abstratos, não entendemos a vida, mas mesmo assim a usamos. Não sabemos o que seja consciência, mas mesmo assim a usamos, muitas coisas usamos sem saber absolutamente nada do que se trate.


Nós somos seres criativos, transformamos idéias em fatos.


Nós, humanos, buscamos a religação com o COSMOS,
porque pressentimos que essa dimensão responde a um plano, e fazemos isso consciente ou inconscientemente, em doses variáveis.

Nós, humanos, apreciamos nos sentir feitos à imagem e semelhança dos deuses,
e ainda que não se tenha prova alguma a esse respeito, mesmo assim insistimos em sustentar essa idéia.

Nós, humanos, somos curiosos, nos motiva conhecer o desconhecido.

Nós, humanos, somos seres sensuais e sensíveis, apreciamos sentir e ser sentidos.


Nós, humanos, somos capazes de imaginar, às vezes esse poder nos deixa à deriva, mas há casos em que a imaginação resulta em obras magníficas.


Nós, humanos, somos dependentes na infância, e na vida adulta não somos tão independentes quanto gostaríamos de admitir.



Nós humanos somos seres que buscamos a felicidade, mesmo sem saber o que seja isso, e aproveitamos a caminhada da busca para encontrar e amar outros buscadores que fazem do caminho um prazer imensurável.


Nós humanos, para evoluir, dependemos de doses variáveis de equilíbrio e conflito em nossas relações pessoais, e também em nossas relações com o meio-ambiente.


Nós, humanos, somos frágeis, mas também fortes, somos complexos e imprevisíveis.


Nós, humanos, somos cheios de contrastes e não queremos ser catalogados, julgados ou tratados como máquinas, números ou pedaços de papel.


Nós,humanos,somos excelentes negociantes, o que leva a crer, e confirmar, que, no cosmos, exercemos um espécie de função intermediadora, mas ainda não sabemos entre o que e que.


Nós, humanos, somos únicos e originais, e pretendemos que essa singularidade seja tratada com respeito, mas percebemos também o momento em que essa singularidade é tratada com exagero, desrespeitando-se o que nos torna semelhantes, por sermos também, e principalmente, participantes de um grupo maior, a nossa espécie humana.


Nós, humanos, somos propensos à generalização, e ainda que a cultura individualista resista a essa prática, a ache abominável até, ela acontece à revelia de costumes politica e socialmente corretos, pois quando um indivíduo faz algo, certo ou errado, todo seu grupo passa a ser julgado por esse ato. Disso se deduz uma lei, oculta, mas que se realiza constantemente: as atitudes individuais criam efeitos para todo o grupo, seja esse familiar, social, partidário. Em última instância, a espécie humana como um todo será julgada pelo que seus indivíduos fazem.


Por causa dessa propensão à generalização é que, nós humanos, achamos justo e necessário idealizar, e buscar sempre a excelência, pois mesmo que não a consigamos, no caminho percebemos que pela busca do que for ideal construímos um caminho excelente, onde pela própria excelência, se torna irrelevante chegar ao objetivo do ideal.


Nós, humanos, somos seres que buscamos o direito de ser simples.


Nós, humanos, nos sentimos presos, limitados, e a esse respeito nos diferencia apenas que alguns nos sabemos e reconhecemos presos e limitados, enquanto outros, são presos e limitados, mas não o sabem, ou não o querem saber.


Nós, humanos, temos muitos direitos e desejos, e por isso seria melhor que não esquecêssemos nossas responsabilidades, pois cada direito e cada desejo se transfigura numa influência que nossa presença executa entre o céu e a terra.


Nós, humanos, pretendemos ser justos, mas nos tenta a possibilidade de sermos juízes e executores imediatos de sentenças, dispensando as argumentações. Somos constantemente tentados a ser vigilantes e punidores.


Nós, humanos, sofremos de desilusão, pois nossa mente ainda não domina com perfeição a arte da discriminação, ela ainda não sabe separar ilusão de esperança.


Nós, humanos, somos seres morais, e essa virtude prova sermos algo mais do que carne e fluídos, pois se desconhece a raiz biológica da moralidade.


Nós, humanos, nos auto-intitulamos seres racionais, mas sempre que podemos nos apaixonamos por discussões políticas ou futebol, ou quaisquer outros esportes.


Nós, seres humanos, precisamos de solidão, mas também de companhia.


Nós, seres humanos, apreciamos discordar, mesmo que, às vezes, estejamos dizendo exatamente o mesmo. Parece que cultivamos uma certa paixão pela discordância, pois através dela experimentamos nos sentir únicos e originais, os donos momentâneos da verdade. Resistimos a concordar, resistimos a enxergar erros em nós mesmos, mas pisamos no acelerador quando o assunto é apontar erros em nossos semelhantes. Esquecemos que os semelhantes são isso mesmo, semelhantes, e que cada um de nós, individualmente, é menos original do que pensa.


Nós, humanos, temos o direito de cultivar a pureza e os valores éticos universais sem ser taxados de otários nem diminuídos ou prejudicados por não participar de um conceito equivocado de esperteza.


Nós, humanos,entendemos que buscar a sobrevivência e garantias de futuro, não justificam dar socos na cara de ninguém, roubar a vez, sabotar, mentir, ludibriar, corromper ou se deixar corromper.


Nós, humanos que existimos numa cultura capitalista, temos direito à recíproca, e por isso embalamos na imaginação de que seria justo as empresas que lucram com nosso consumo nos devolverem as riquezas que lhes provemos através de serviços e bens que melhorem as condições sociais. Nós, humanos, exigimos responsabilidade social mundial a partir de uma drástica trégua, com redução na velocidade dos investimentos em progresso tecnológico, entre eles programas espaciais, indústria automobilística, armamentista, sistema financeiro, mídia e bens de consumo supérfluos em geral, sem prejuízo de salários, benefícios e postos de trabalho já existentes; com direcionamento sistemático de recursos do sistema financeiro mundial para combate e eliminação definitiva da fome, das guerras e da destruição ambiental do planeta.


Nós, humanos, temos direito a regras claras e equânimes e a valorização urgente das noções de auto-estima,respeito e responsabilidade.


Nós, humanos, acreditamos em nossas intuições, talentos e possibilidades e precisamos, com urgência, criar opções para dispor livremente de nosso tempo.


Nós, humanos, dispomos de liberdade e precisamos de espaço para buscar meios que despertem a consciência.


Nós, humanos, desejamos e precisamos evoluir espiritualmente, ainda que não saibamos exatamente o que seria esse tal de espírito.


Nós, humanos, repudiamos e consideramos injustificáveis a fome, a guerra e a destruição ambiental do planeta. Exigimos que este pensamento, que parece óbvio, só seja considerado assim quando estes horrores forem apenas memória de um passado superado.


Nós, humanos, pretendemos evoluir para um estágio onde prazer e lazer, sempre vinculados ao bem, sejam plenos e responsáveis, ocupando muito mais tempo do que hoje em dia (AD 2005)


Mesmo correndo o risco de sermos repetitivos, é bom confirmar, nós, humanos, somos contraditórios, e não é à toa que isso acontece, somos contraditórios porque é do paradoxo que alimentamos a consciência, aquela lucidez misteriosa que tanto usamos, da qual tanto nos gabamos, mas que não sabemos definir o que ela seja.


Nós, humanos, vivemos a maior parte da vida sonhando acordados, e nos diferencia apenas o fato de que alguns acordam e realizam seus sonhos, e ajudam os que ainda não acordaram a desvencilhar-se das ilusões e, também acordar, para realizar, pois para realizar sonhos é imprescindível acordar.


Nós, humanos, formamos grupos, agrupações que se diferenciam entre si, e a despeito de quaisquer dificuldades e impedimentos, sempre poderemos decidir em que grupo nos encaixamos melhor.


Nós, humanos, andamos competindo demais entre nós, olhamos com desconfiança nossos semelhantes, mas anda surgindo uma onda, uma qualquer coisa que nos impele a formar teias, grupos, uniões, aos poucos, e a médio e longo prazo, substituindo a competição pela colaboração.

1 comment:

Anonymous said...

Ok, Baby...Eu estava lá...Obrigado por me lembrar disso...As coisas são como são e, nem todos os fios da seda seguem urdume e trama...Na verdade, a beleza da seda artesanal está em suas pequenas imperfeições...Cortar esses fios desvaloriza a seda, pois ela desfia...Assim foi esse tempo...E acabou como acabou...O manifesto permanece eu estou lá também...Essa presença não se apaga...Mas,minha verdadeira felicidade é ter saido dos escombros daqueles dias com pessoas como você costuradas ao meu coração.Um beijo...

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