Mar 13, 2010
Cartunista Glauco assassinado
Muito triste, somente hoje fiquei sabendo dessa notícia com muito pesar: "Foi um dia em que o humor nacional não sentiu vontade de rir. O cartunista Glauco Villas Boas, 53 anos, foi assassinado a tiros na madrugada de ontem. Com ele também morreu seu filho, Raoni Pires Villas Boas, 25 anos, em um episódio de violência em que ainda resta muita coisa a esclarecer e que provocou manifestações de luto por todo o Brasil (leia na página ao lado).
Glauco, como era mais conhecido, foi morto com quatro tiros na frente de sua casa, na cidade paulista de Osasco, na Grande São Paulo. Um dos disparos atingiu o rosto, dois o tórax e um o abdômen. Seu filho também foi alvejado quatro vezes, duas no tórax e outras duas no abdômen – ao todo, o assassino disparou 10 tiros de uma pistola calibre 7.65, e errou dois deles. O cartunista, adepto da religião do Santo Daime, morava na mesma casa em que funcionava o templo da comunidade Céu de Maria, da qual era fundador.
Em um primeiro momento, o próprio advogado da família de Glauco, Ricardo Handro, havia descrito a morte do cartunista como consequência de uma tentativa de assalto praticada por dois homens que teriam invadido a casa e agredido o cartunista e um terceiro que teria participado da ação como motorista do carro de fuga.
Já no fim da manhã a polícia divulgou uma nova versão, segundo a qual Glauco e Raoni teriam sido assassinados por uma pessoa que os conhecia. O principal suspeito, um rapaz de 24 anos, já havia frequentado as reuniões da comunidade. De acordo com o depoimento de uma das testemunhas do crime, que identificou o atirador, o rapaz delirava quando invadiu a casa e havia ameaçado se matar.
Ainda segundo as testemunhas, o jovem declarou que queria ir até a casa de sua mãe acompanhado de Glauco, para que o cartunista confirmasse que o suspeito era Jesus Cristo. Raoni, que não se encontrava na casa, chegou enquanto a discussão estava em andamento. Nesse ponto, a polícia ainda não tem conhecimento do que de fato aconteceu.
Por uma das versões, Glauco teria tentado interferir quando o rapaz agrediu seu filho. Por outra, Raoni teria partido para cima do jovem quando este agrediu seu pai. Após alvejar pai e filho, o assassino teria fugido em um Gol cinza no qual um segundo homem esperava. Não se tem certeza de quantas pessoas estariam envolvidas com o crime, se duas ou três, como informado no início.
Glauco era conhecido como um dos integrantes da tríade sagrada do humor nacional dos anos 1980. Ao lado dos colegas Angeli e Laerte, atuou nas publicações da Circo Editorial sucessos de venda durante o período, como Chiclete com Banana ou a revista própria de seu personagem Geraldão. Nascido em Jandaia do Sul, interior do Paraná, Glauco começou a publicar suas tirinhas no “Diário da Manhã”, de Ribeirão Preto, no começo dos anos 1970. Seu trabalho ganhou ressonância depois de 1976, após haver sido premiado no Salão de Humor de Piracicaba. No ano seguinte, tornou-se colaborador da Folha de S.Paulo, onde ainda trabalhava" (Via Zero Hora).
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