Aug 31, 2006

NOVAS REGRAS NO SISTEMA SOLAR

A IAU, International Astronomy Union, ou União Astronômica Internacional, do alto de sabe lá Deus que autoridade, emitiu comunicado promulgando novas regras para estabelecer quem seria, ou não, planeta em nosso Sistema Solar. * Se quiser ler a notícia, cole o seguinte link em seu navegador

http://www.astrologiareal.com.br/artigos/index.aspx?id=45&Dia=21&Mes=8&Ano=2006

Logo em seguida, jornalistas de todas as partes começaram a entrar em contato comigo me questionando; e agora? Como vai ficar a Astrologia? Bom, antes de mais nada, preciso dizer a todos os profissionais de comunicação que a pergunta é mal feita, pois pressupõe que o conhecimento astrológico dependa do que a IAU determinar.

Perante esse estarrecedor panorama intelectual, Eu pergunto, por acaso os e as jornalistas fizeram o dever de casa e pesquisaram que tipo de autoridade tem essa instituição? Ou simplesmente receberam a notícia e logo começaram a tirar conclusões estapafúrdias a esse respeito, sem sequer questionar tudo o que envolve o fato de se adjudicar a uma instituição humana o dom de estabelecer a estética do sistema solar?

Porém, vamos lá, já que alguém lançou os dados, vamos jogar um pouquinho...

1) Em primeiro lugar, o dono do Sistema Solar é nossa estrela, Sol, e só ele/ela é autoridade suprema para determinar quem faz parte de seu Sistema.

2) A astronomia, de tempos em tempos, se ocupa em traçar estratégias que derrubem definitivamente a Astrologia. Uma atitude dessas levanta suspeitas, dado que se a Astrologia fosse assim tão desprezível não mereceria sequer qualquer artimanha para derrubá-la, seria o caso de deixá-la à deriva, pois, sendo desprezível, sozinha desapareceria da face da Terra. Entretanto, a Astrologia persiste, entre charlatões e profissionais sérios de todos os tempos, este conhecimento continua evocando uma resposta interessada em todas as pessoas que se detenham a, por alguns instantes, somar um mais um e aceitar o óbvio resultado de o Universo ser expressão de uma ordem muito maior do que nossa capacidade de compreendê-la, mas que nem isso a torna menos real, ou menos perceptível. Além disso, é inegável que fazemos parte dessa ordem, e aí entra a Astrologia, buscando decifrar o papel que nós, humanos, cumprimos nessa Arquitetura Cósmica.

3) A astronomia é filha da Astrologia, e como tal, lhe deve respeito, e se não a respeita, é o caso de mandá-la para a terapia, de modo a que supere o seu mal resolvido Complexo de Édipo.

4) O Universo, assim como tudo na vida, do ponto de vista do olhar humano pode ser enxergado de múltiplas maneiras, dependendo dos princípios que norteiem a percepção de quem o estuda, ou de quem tenta desvendá-lo. (esta primeira frase, lapidar, encerra consigo uma revolução social e cultural que, apesar de comprovada, inclusive nos meios científicos, dado nos ocultistas ser sabida desde sempre, ainda não consegue ser utilizada, pois derruba tudo o que até agora, como humanos, demos por sabido que seria a realidade)
A Astronomia usa princípios materiais para entender o Universo, o que não é errado, é absolutamente legítimo, faz parte da ideologia acadêmica e científica nortear-se por princípios físicos e materiais para entender os fenômenos.
Errado é apenas tentar reduzir todos os fenômenos do infinito Universo a esses princípios físicos e materiais, pois nem tudo que acontece por aí responde a essa hierarquia de valores.
Um só exemplo derruba esse mito, pois a questão de o Universo acontecer em cima de meros princípios físicos e materiais é um verdadeiro mito, uma lenda, que as pessoas cultuam com o mesmo arroubo e êxtase místico com que inúmeras outras tratam Deus e a religião.
Dizia, um só exemplo é capaz de derrubar esse mito, um fato de vida, corriqueiro, mas que por não responder à ideologia da física material é desconsiderado: você, com certeza, já passou pela experiência de começar a pensar em alguém que seria improvável encontrar, por não fazer parte de sua rotina, e logo em seguida, no decorrer do dia, COINCIDENTEMENTE, você encontra com essa pessoa, ou ela liga para você. Nada, do ponto de vista material e físico, explica essa experiência, ela é uma pista.

5) A Astrologia usa o princípio subjetivo para compreender o Universo, seu corpo teórico parte da idéia de todos os fenômenos estelares responderem a uma arquitetura inteligente e propositalmente colocada em marcha, assim como também parte da idéia de que nós, humanos, fazemos parte desse plano, temos uma participação ativa nesse, mas ainda não a cumprimos com a desenvoltura com que poderiamos exercê-la. Nesse sentido, e só para traçar um paralelo, em nosso planeta Terra, e de modo comparativo, o reino vegetal seria muito mais avançado do que o humano, dado exercer sua função sem dúvidas nem constrangimentos, diferente do que nossa humanidade faz com sua presença entre o céu e a terra.

6) Aí você pode pensar, ah! Claro! Princípio subjetivos... tudo vago, tudo indefinido. Pois bem, pensando assim você simplesmente despreza o que há de mais valioso na própria arquitetura de sua presença, pois a imensa maioria do tempo daquilo que você chama de vida ou existência é composto de atitudes subjetivas, e que a tal da objetividade, supervalorizada na ideologia atual que rege a sociedade humana, e que é um sub-produto da idéia que norteia instituições como a IAU, é reduzida ao mínimo tempo, de onde se deduz facilmente que a objetividade é resultado da subjetividade, e não o contrário. Também é necessário derrubar o mito de a subjetividade ser vaga ou indefinida, uma emoção, a raiva, por exemplo, é absolutamente subjetiva, mas não tem nela nada de vago ou indefinido.

7) Se a objetividade é que é resultado da atividade subjetiva, os fenômenos físicos e materiais são, também, produto de atividade invisível, do ponto de vista física, uma atividade não por isso menos perceptível, através de sensações, do intelecto, da intuição e por meio de quaisquer outros canais que venham a ser explorados.

8) É nesse sentido que a Astrologia não se norteia por princípios físicos para determinar a composição do Sistema Solar, o que a Astronomia é livre para continuar fazendo, e o fazendo da melhor maneira possível de acordo com seus princípios. Porém, essa Astronomia não tem direito de transferir e impor esses princípios a terrenos sobre os quais não tem competência, dado negá-los, melhor dito, renegá-los, recalcá-los, pois não sabe onde enfiá-los, e acaba sempre enviando-os à gaveta das críticas infundadas, feitas de forma demasiadamente místicas para pessoas que se gabam de racionais e objetivas.

9) Me aventuro, também, a fazer uma análise psicológica do que a IAU tenta fazer com o Sistema Solar. É bem sabido que a psique humana tem o péssimo hábito de transferir seus problemas não resolvidos e ideologias a tudo o que acha perceber ou estudar. Ou seja, quando transfere, nossa humanidade não percebe nem estuda, apenas vê o que quer ver, nada além, nada aquém.
Aqui começa o perigo, pois o que nossa humanidade anda querendo ver quando determina que tais ou quais corpos celestes do sistema solar não mereceriam o nome de planetas? Por acaso haveria por aí alguém pensando, paralelamente, que aqui na Terra poderia se fazer o mesmo com os cidadãos e cidadãs, ou com os países? Os países africanos, por exemplo, por serem distantes, pequenos e desorganizados não mereceriam ser chamados de países, quando comparados aos do primeiro mundo? E os cidadãos e cidadãs de um país, não mereceriam esse status se, por exemplo, não tivessem um mínimo de altura, ou se fossem claros ou escuros?
Vejo, intuo a transferência de uma discriminação hedionda com o tamanho do próprio Sistema Solar....

Pois bem, a Astrologia não tem razão de adaptar cálculos e idéias ao que essa instituição determinar, dado não guiar-se por motivos de ordem regional e políticos.
O Sistema Solar, Astrológico, é parte de um inefável circuito de informações cósmicas, e alguns planetas cumprem essa função sem resistência, enquanto outros ainda estão tentando fazer parte ativa desse circuito. É o caso de nossa querida Terra, que ainda não consegue sintonizar-se devidamente com esse circuito cósmico, e por isso sofremos tudo que sofremos por aqui, trocando a verdade pela mentira cotidianamente, e nos achando os reis e rainhas da criação, dando as costas à glória que merecemos, mas que não podemos usufruir ainda, por não termos pureza suficiente, de modo a essa glória cósmica fluir por nós sem nos destruir.

Isso, no entanto, está em pleno processo de superação, sem ter no tempo um obstáculo, mas um aliado. A Terra e nossa humanidade se tornarão parte integrante e consciente do circuito cósmico de informações.

Oscar Quiroga

www.quiroga.net

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