Feb 27, 2008

É na normalidade que reside a beleza de Juno


Muito bom o blog do Paulo Polzonoff Jr (http://www.polzonoff.com.br). Vale a pena dar uma passadinha por lá e mergulhar em seus textos.Paulo é jornalista. Já foi crítico de cinema e literário. Hoje escreve livros-reportagens e é tradutor. Aqui vai um texto do blog sobre o filme Juno e nossa geração anos 80.


Juno

"Uma geração de cínicos. É isto que somos. Sentado na cama, assistindo a Juno, eu tive um pouco de nojo de mim. Minto. Não era exatamente um auto-nojo. Digamos que meu estômago estava embrulhado por causa de uma pizza e também por perceber que eu e minha geração havíamos sido talhados na profunda descrença no ser humano. Há quem se orgulhe disso. Algo humanamente compreensível, como se verá.

Os motivos que nos levaram a este cinismo são vários, embora eu só possa especular. Vai desde a grande crise da década de 80, com Sarney no comando do país, passa pela educação notadamente esquerdista, com livros de Frei Betto sendo adotados em escolas católicas, e chega até os sonhos jogados por terra daqueles que viam no metalúrgico semi-analfabeto uma esperança real. Mas esta, claro, é só uma das faces do monstro, a política.

Me parece que nossa formação moral, infelizmente, se contamina. E eis que eu me lembro, nos anos 80, criança ainda, desacreditando. Ouve um momento apenas, alguns anos mais tarde, em que tudo pareceu entrar nos eixos, com caras-pintadas nas ruas clamando por honestidade. Mas os anos 90 aniquiliram nossos sonhos. Kurt Cobain cantou nosso tédio e fastio e depois se matou. Seinfeld fez graça das nossas maldades cotidianas e de nosso narcisismo.

Mais importante, já que este é um texto sobre cinema: a produção dos últimos trinta anos privilegiou as falhas de caráter. Tarantino de um lado, Closer do outro. É como se a grande máquina de fantasia do cinema nos dissesse o tempo todo: a vida é assim, cara! As pessoas que cruzarão nossos caminhos nos farão infelizes. É preciso ser forte. E duro. E estar preparado sempre para o lado mais sórdido do ser humano.

Eu, como muitos da minha geração, aprendi esta lição. Ainda que haja todo um lado meu que combata esta idéia. E minhas escolhas cinematográficas recentes ou não-tão-recentes-assim mostram isso. Forrest Gump, Peixe Grande e Amélie Poulain, para citar uns poucos, são filmes que se chocam com a idéia da maldade intrínseca que domina o ser humano. Eu tenho buscado estes filmes mais do que nunca. Ainda assim, a Grande Lição, a Má Lição me contaminou.

Digo isso porque, em determinado momento de Juno, me peguei imaginando um cenário asqueroso: Mark, futuro pai adotivo do filho da adolescente, vai transar com ela. Pior: Juno, a menina, vai seduzí-lo e se jogar sobre ele. Farão um sexo selvagem no sótão. Vanessa, mulher de Mark, vai chegar e flagrar a cena. Talvez mate Juno. Sangue por todo lado e Nelson Rodrigues sorrindo a um canto.

Nada disso, claro, acontece. Ainda bem.

Juno conta a história de uma adolescente absolutamente confusa que fica grávida. Aos 16 anos, ela não tem a menor idéia de quem seja – e esta é a graça. Nesta idade, ninguém sabe o que é. Perdida, como não poderia deixar de ser, ela pensa em abortar, mas depois resolve ter o filho e dá-lo a um casal, Mark e Vanessa.

História tola, não fosse pela brilhante interpretação de Jennifer Gardner como a perturbada Vanessa e, claro, Elen Page como Juno. A Vanessa de Gardner vive num estado de desespero contido. É algo que nos revolta e ao mesmo tempo pede nossa compaixão. Ao lado de Mark ela mora num belo subúrbio norte-americano. Sua vida é uma busca sem fim pela completude tal qual a compreendemos pelos comerciais de televisão. Falta-lhe, contudo, um filho.

Foi por causa de Vanessa, e não de Juno, que comecei a perceber de que se tratava realmente o filme. A esta altura, claro, já havia passado pela minha cabeça todos os tipos de atrocidades. Vanessa era uma traficante de órgãos; Vanessa mataria Juno. Estas coisas. Sem contar minhas impressões cínicas a respeito do pai da criança, o bonzinho Paulie Bleecker. Gay? Retardado? Um boboca?

Nada disso. É na normalidade que reside a beleza de Juno. Os personagens são o que são e o filme deixa claro. Não há muita margem para interpretação. E nem surpresas estarrecedoras. Juno é uma adolescente confusa, como todos os adolescentes. Bleecker é um menino bonzinho e também confuso. Vanessa é uma mulher que sofre pelo que considera uma deficiência. E Mark é um homem cujo sonho era ser um astro do rock, mas que acabou se tornando um yuppie. Simples assim.

Em comum, todos os personagens do filme buscam o amor. Eu sei que, dito assim, parece algo piegas. E tolo. Mas será que quem faz esta ressalva não é meu lado cínico, em represália? Amor. Nas formas mais e menos óbvias. Não só o amor de um homem por uma mulher. Ser amado como sinônimo de ser compreendido e respeitado. Admirado, apesar de tudo. Não que haja algo de espetacular a ser admirado. Quero dizer, nada de mirabolante. Me refiro à admiração justamente pelo que há de ordinário e banal em todos os seres humanos: a busca pelo amor.

(Uma busca que, talvez, exista até mesmo nos personagens de Tarantino. Será?!…)

Terminei de assistir ao filme num assombro. Queria correr para o computador e escrever sobre esta busca desesperada pelo amor. Sobre todos os atropelos que cometemos em busca de aceitação, admiração, compreensão e auto-afirmação. E mais um monte de coisas terminadas em ão. Conexões estranhas começaram a se formar em minha cabeça: os participantes do Big Brother pediam a palavra num momento, para logo em seguida serem interrompidos pelo tirano moribundo de uma ilha do Caribe; eu mesmo, jovem e destemido, levantei da catacumba da memória pedindo para ser ouvido, mas minha voz imberbe foi soterrada pela de outros que se levantavam.

Não foi à toa que tive sonhos claríssimos à noite. Acho que entendi o significado da idéia do perdão. Não o perdão vulgarizado que se prega nas igrejas. O outro. O nobre. Muitas vezes silencioso. Distante. Acima de tudo, pacificador.

Feb 26, 2008

A viagem do Elefante


A viagem do Elefante», o novo romance do Nobel da Literatura português, José Saramago, está bastante avançado, será terminado em Lisboa até Junho e lançado no Outono, confirmou o escritor à Lusa.

«Voltei a escrever, já tenho 70 ou 80 páginas. Tive de interromper a escrita pelo período da minha convalescença e doença», explicou, numa entrevista á Agência Lusa.

José Saramago e a mulher, Pilar del Rio, partem para Lisboa em Abril, onde permanecerão até Junho e onde o escritor português pretende terminar o romance.

O escritor esteve hospitalizado entre Dezembro e Janeiro último, devido aos efeitos de uma pneumonia que se agravou depois para broncopneumonia.

Em finais de Janeiro, e depois de um período de recuperação longo, que incluiu fisioterapia, recuperação de forças e da massa muscular, Saramago regressou a sua casa, onde retomou o novo romance.

Diário Digital / Lusa

Feb 24, 2008

The Oscar goes to.....


Hoje é dia de Oscar, querendo ou não dá um friozinho na barriga,ansiedade.Depois de três meses sob a greve dos roteiristas, o setor cinematográfico finalmente tem algo a celebrar: o próprio cinema.

À partir das 23h, horário de Brasília, na Globo a entrega da mais importante estatueta do cinema mundial terá uma lista completa de astros e estrela desfilando no tapete vermelho. Sonho e fantasias pairando no ar. Qual será a roupa que Penélope Cruz irá usar? Brad Pitt e Angelina vão passar pelo tapete vermelho?
Os organizadores do Oscar prometem uma cerimônia tradicional para o público televisivo, com ganhadores memoráveis.

O britânico Daniel Day-Lewis, de "Sangue Negro", é visto como favorito na disputa pelo troféu de melhor ator, mas ele terá que superar a concorrência de George Clooney.

Entre as indicadas para o Oscar de melhor atriz, a também britânica Julie Christie vem sendo a mais cotada devido a seu papel de doente de Alzheimer em "Longe Dela". Mas que ninguém descarte a francesa Marion Cotillard, que fez Edith Piaf em "Piaf -- Um Hino ao Amor", nem Ellen Page, a adolescente grávida de "Juno"

Tudo indica que os irmãos Joel e Ethan Coen poderão vencer a disputa por melhor diretor, por "Onde os Fracos Não Têm Vez.".

Feb 23, 2008

Divertida e comovente viagem


Hoje,às 22h00,tem "Pequena Miss Sunshine",no Telecine Premium. Quem ainda não viu não deve perder. É muito legal.

Vencedor de duas estatuetas do Oscar 2007, o filme narra a história da menina Olive, que sonha em participar do concurso da "Pequena Miss Sunshine". Ela embarca, com a família, em uma divertida e comovente viagem contra o tempo, para chegar no horário da competição.

O talento dos atores foi recompensado à altura: no Bafta, Alan Arkin foi eleito o melhor ator coadjuvante, além de receber uma indicação ao Oscar; a pequena Abigail também foi nomeada ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood e ao Bafta na categoria atriz coadjuvante; Toni Colette foi selecionada para o Globo de Ouro e para o Bafta de atriz. A produção ganhou o Oscar de roteiro original, quatro prêmios no Independent Spirit Awards, o Bafta de roteiro original e o César de filme estrangeiro. Levou também os prêmios de público dos festivais de San Sebastian e Estocolmo, o especial no Festival de Deauville, além de outros três no Festival de Tóquio (diretor, atriz – Abigail Breslin – e do público). Sua trilha sonora foi indicada ao Grammy.

No Telecine

Dom, 24/02 às 20h00
Ter, 26/02 às 17h50
Qua, 05/03 às 22h00
Sex, 07/03 às 20h10

Futilidades do Oscar



Diablo Cody, roteirista do filme Juno, irá usar neste domingo, durante as premiações do Oscar 2008, um sapato com diamantes no valor de US$ 1 milhão, feito especialmente pelo estilista Stuart Weitzman.
A maioria dos 1,8 mil diamantes utilizados na confecção do calçado está reunida nas duas rosas localizadas na ponta dos sapatos. Sem saltos, o modelo remete ao estilo retrô, típico dos anos 1940.

A cerimônia da 80º edição do Oscar acontece neste domingo, às 22h, no teatro Kodak de Hollywood.

Feb 21, 2008

Paciência




Nós nos esquecemos de como esperar; este é um espaço quase abandonado.
No entanto, ser capaz de esperar pelo momento certo é o nosso maior tesouro. A existência inteira espera pelo momento certo.
Até as árvores sabem disso -- qual é o momento de florescer, e o de deixar que as folhas caiam, e de se erguerem nuas ao céu. Também nessa nudez elas são belas, esperando pela nova folhagem com grande confiança de que as folhas velhas tenham caído, e de que as novas logo estarão chegando. E as folhas novas começarão a crescer.

Nós nos esquecemos de como é esperar: queremos tudo com pressa. Trata-se de uma grande perda para a humanidade...

Em silêncio e à espera, alguma coisa dentro de você vai crescendo -- o seu autêntico ser. Um dia ele salta e se transforma numa labareda, e a sua personalidade inteira é estilhaçada: você é um novo homem. E esse novo homem sabe o que é uma cerimônia, esse novo homem conhece os sumos eternos da vida.

Osho Zen: The Diamond Thunderbolt Chapter 10

Juno


Um dos filmes que concorre ao Oscar. Vi e gostei.

Direção:Jason Reitman. Roteiro:Diablo Cody. Elenco:Ellen Page (foto), Michael Cera, Jennifer Garner, Jason Bateman, Allison Janney, J. K. Simmons.

Saiu na Bravo Oline:
Por que ver: Apesar do tema bastante abordado pelo cinema, este filme tem uma nota original na leveza e ironia de seu tom. A jovem atriz Ellen Page imprime uma energia notável à sua personagem, às vezes desbocada e nem um pouco politicamente correta.

Preste atenção
: Na saborosa trilha sonora pop, que combina canções de bandas recentes e antigas, indo de Belle e Sebastian a Velvet Underground. Na primeira cena, o som incidental é bossa nova: Amor em Paz, em inglês na voz da brasileira Astrud Gilberto.

O que já se disse: "É o melhor filme do ano. Começa em ritmo de comédia e termina como retrato de personagens que aprendemos a adorar" (Roger Ebert, The Chicago Sun-Times).

Feb 19, 2008

Fernando Meirelles vibra com vitória de 'Tropa de elite' em Berlim

O cineasta Fernando Meirelles (diretor de "Cidade de Deus" e de "O jardineiro fiel") ficou muito feliz ao saber que "Tropa de elite", filme de José Padilha, foi o vencedor do Urso de Ouro no festival de Berlim. Meireles disse que o prêmio é importante para o cinema brasileiro e que o filme de Padilha fez por merecê-lo.

- Gosto muito de "Tropa de elite'. É um filme muito bem realizado. Quando assisti ao filme, sai do cinema pensando - disse Meirelles, completando que estava na torcida, pois parte da equipe de "Tropa" havia trabalhado com ele em "Cidade de Deus"

Sobre a polêmica que o filme desperta entre público e crítica, que debatem incansavelmente sobre a ideologia da obra, Meirelles afirmou que a briga é positiva, pois só aumenta a repercussão de "Tropa" e reforça seu caráter contestador.

Fernando Meirelles está editando em São Paulo "Blindness", uma adapatação do livro "Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago, que foi filmado no Canadá, Uruguai e em São Paulo e tem no elenco atores como Julianne Moore, Gael García Bernal e Mark Rufallo. O lançamento no Brasil está previsto para 5 de setembro, mas o filme deve estrear no Festival de Cannes.

Márcia Abos - O Globo Online

Feb 16, 2008

"Tropa de Elite" leva o Urso de Ouro


"Tropa de Elite", de José Padilha, foi premiado na noite deste sábado no Festival de Berlim com o Urso de Ouro de melhor filme, durante a cerimônia de encerramento da 58ª edição da Berlinale.

"É difícil expressar sentimientos em qualquer língua. Costa-Gavras é um herói para todos na América Latina, por todos os filmes que fez", disse o diretor brasileiro ao receber o prêmio das mãos do presidente do júri, o diretor franco-grego.

Documentarista de 40 anos, José Padilha, diretor de "Õnibus 174", que relatava o seqüestro de um ônibus da linha de mesmo número no Rio de Janeiro no ano 2000, mostra em seu primeiro longa-metragem de ficção o trabalho dos policiais do BOPE (Batalhão de Operações Especiais), especializados na repressão do tráfico de drogas.

"Tropa de Elite" segue os passos do capitão Nascimento (Wagner Moura), que comanda o grupo de intervenção de elite no Rio em 1997.

O filme tem o respaldo internacional da Weinstein Co., dos irmãos Bob e Harvey Weinstein, conhecidos por terem fundado a Miramax em 1979, vendida a Disney no início dos anos 90, e por terem lançado filmes de Quentin Tarantino e de Michael Moore.

O filme é inspirado no livro "Elite da Tropa".

"Tropa de Elite" se transformou em um sucesso de crítica e bilheteria no Brasil.

Eleições nos EUA, por Jorge Pontual


Barack Obama com 17 anos em Honolulu, Havaí, 1979

O jornalista Jorge Pontual, publicou em seu blog "New York On Time",suas impressões sobre as eleições nos EUA.Está muito interessante, acompanhe:


"Os comícios do Obama me comovem. Em 12 anos aqui, nunca vi esse entusiasmo por um líder. Num comício que eu cobri na Washington Square, a multidão era tão grande que não coube todo mundo, a polícia fechou a praça. Era uma garotada entusiasmada. E o mais importante, todos me disseram que era a primeira vez que se interessavam por política.
O movimento contra a guerra no Iraque não colou, embora a maioria esteja contra a guerra. Muito difícil fazer esse pessoal ir para a rua protestar. Cobri vários protestos onde havia mais jornalistas do que manifestantes.
Obama é outra coisa. Ele torna concretos os vagos ideais de mudança, esperança, unidade. Protestar contra a guerra não muda nada, mas eleger Obama sim. É o que eles acreditam.
Escrevi em novembro de 2004, depois da derrota de John Kerry, o péssimo candidato que perdeu para George Bush, que a única esperança de vitória para o partido democrata em 2008 seria escolher Barack Obama para disputar a Casa Branca. Escrevi que Hillary Clinton era conciliadora demais para empolgar um eleitorado com sede de mudança. Parece que acertei.
Mas reconheço que Hillary reprenta um movimento forte, tal como Obama lidera o movimento contra a guerra e pela mudança. Hillary na presidência seria a vitória do feminismo no que ele tem de melhor: justiça social, valores igualitários, derrota da insensibilidade que domina a política deste país há décadas.
O ideal seria Obama para presidente e Hillary para vice, o que pode acontecer, mas a senadora não vai desistir tão cedo da cabeça de chapa, depois de ter levado com ampla margem os maiores estados, Califórnia e Nova York. As mulheres querem ver Hillary na presidência.
Essa briga pode se arrastar até o fim de abril, ou junho, ou, que seria um desastre, até a convenção do partido em fins de agosto. A não ser que Obama vença por grande maioria nos grandes estados que votam em 4 de março, Texas e Ohio. Se isso acontecer, Hillary deverá desistir. Mas ela é muito forte entre os latinos, e deve levar o Texas, o segundo maior estado do país.
Mais difícil ainda será reconciliar os dois movimentos, depois de concluída a disputa entre Obama e Hillary.
Pode ser que o partido se una em torno do candidato ou candidata. Pode ser que não, especialmente se Hillary for a escolhida. Muitos seguidores de Obama me disseram que não votam em Hillary de jeito nenhum. Não a perdoam por ter apoiado Bush no Iraque até fins de 2005. Estão certos. Em matéria de política externa, Hillary (como o marido dela, Bill) é tão falcão quanto Bush. Obama pelo menos é uma incógnita.
O movimento para levar o primeiro negro à Casa Branca está crescendo e com jeito de se tornar irresistível.
Mas os republicanos não vão dar mole. Nos estados que eles controlam - chamados de estados "vermelhos", cor que a mídia escolheu para eles no mapa - Obama tem chance de conquistar os eleitores independentes, mas vai ser muito duro.
No final, pode ser que o sucessor de George Bush seja alguém ainda mais beligerante, John McCain, que promete ocupar o Iraque por mais 100 anos e, se for o caso, invadir o Irã. Mas McCain é como Obama, espontâneo, engraçado, simpático - não um robô como Hillary - e um ás nos debates. Se for Obama contra McCain, vai ser a escolha entre o futuro, uma América mulata e aberta ao mundo, e o passado, a América branca e revanchista, fechada à renovação"

Jorge Pontual
New York on time
http://nyontime.blogspot.com/

Feb 15, 2008

CINEMA _Fernando Meirelles :"Sobre música, codornas e unicórdio"


O cineasta Fernado Meirelles, depois de dois meses escreve novo post sobre seu próximo filme "Blindness", baseado no livro de Saramago,"Ensaio sobre a Cegueira". Acompanhe que é genial:

"Intróito: Caro leitor (se ainda houver algum depois deste tempo todo),
passaram-se uns dois meses desde meu último texto e confesso que parei de escrever por preguiça. Parei também porque soube que andaram traduzindo este blog para o inglês e que ele estava se espalhando mais do que o esperado. Isso me obrigaria a medir mais as palavras e eu correria o risco de ficar escrevendo um blog chapa-branca. Então parei. Só que agora resolvi colocar aqui mais uns dois ou três textos para ao menos fechar este processo que comecei. Chega de coisas não terminadas na vida. O texto abaixo foi escrito e abandonado em dezembro.
Acabei de terminá-lo e aí está...
http://blogdeblindness.blogspot.com/

EQUILÍBRIO _Técnica inclui posturas da ioga em massagem ayurvédica


Muito boa matéria sobre massagem ayurvédica que saiu hoje na Folha On Line:
Para quem acha que numa massagem basta deitar, relaxar e esperar que o terapeuta faça todo o trabalho, uma dica: esqueça essa moleza toda na ioga massagem ayurvédica. Criada a partir da ioga, a técnica prevê que o paciente realize uma série de posturas para alongar o corpo. O papel do terapeuta é ajudar a pessoa a ampliar os limites de cada movimento, explica Veena Mukti, especialista na técnica.

A massagem começa com o aquecimento da musculatura. A pele é untada com um óleo e salpicada com um pó derivado de uma raiz indiana. O óleo facilita o deslizamento, e o pó ajuda a aquecer a pele, além de criar um atrito para que as mãos e os pés do terapeuta não escorreguem. Isso mesmo: pés.

Em parte da massagem, o terapeuta fica em pé sobre o paciente --o peso do corpo o ajuda a atingir os músculos mais profundos. Apesar disso, segundo Veena, o deslizamento é confortável, pois o pé não é tão incisivo sobre a pele quanto a ponta dos dedos da mão.

É nos deslizamentos, com óleos e pós, que a terapia mostra sua origem ayurvédica --medicina tradicional indiana. A terapeuta Alda Martinelli, que está escrevendo um livro sobre a técnica, conta que a indiana Kusum Modak já praticava a massagem tradicional quando resolveu sugerir a seus pacientes posturas adaptadas da ioga. Mais especificamente, da ayengar ioga, um dos estilos mais suaves da prática.

Ao todo, a massagem ayurvédica conta com 120 manobras de alongamento --em cada sessão, são usadas dez, aproximadamente. Algumas trabalham a flexibilidade da coluna; outras, a abertura do peito; há também as voltadas para o alongamento dos braços. A escolha dos movimentos depende dos objetivos e da capacidade física do aluno. "Quem pratica ioga tem mais flexibilidade e vai conseguir fazer manobras mais avançadas e usufruir mais da sessão", diz Veena.

Entre as posturas mais exigentes, está uma em que o paciente, sentado, cruza as pernas e puxa um joelho em direção ao peito. Primeiro, realiza o movimento sozinho até o seu limite. Em seguida, o terapeuta entra em ação, empurrando lentamente a perna de encontro ao peito. "Essa é para quem já tem mais flexibilidade", afirma Veena, enquanto executa a manobra em seu marido, Veeresh, 39.

A cada etapa, uma pausa para respirar. Assim como numa sessão de ioga, tenta-se conciliar as posturas com a respiração --a orientação é inspirar antes de iniciar um movimento e soltar o ar lentamente à medida que se aproxima do limite do alongamento.

Segundo Veena, muitas manobras buscam expandir a caixa torácica e estimulam a respiração profunda. "Essa técnica é fundamentada no tripé respiração, circulação e energia vital."

A circulação, segundo ela, é contemplada nas manobras por meio do sentido dos desli-zamentos: todos os movimentos realizados pelo terapeuta partem das extremidades do corpo em direção ao coração.

Já a "energia vital", citada por Veena, é trabalhada principalmente no fim da sessão, quando são massageados o rosto e a cabeça. "A massagem ayurvédica conduz a um estágio de meditação. Ela vai silenciando a mente. Ao fim da sessão, a pessoa já está mais relaxada e com a mente quieta. Então eu cubro os olhos do paciente e o deixo sozinho. Para quem tem dificuldade de meditar, essa técnica é muito boa."

AMARÍLIS LAGE
da Folha de S.Paulo

CINEMA __"Sangue negro' lidera estréias a pouco mais de uma semana do Oscar

A pouco mais de uma semana da entrega do Oscar, que acontece no dia 24, as distribuidoras correm para lançar por aqui os concorrentes ao prêmio - desde o aguardadíssimo "Sangue negro" , candidato a oito troféus, até outros com menos indicações, mas não menos brilho, como "Elizabeth - A era de ouro" "Os indomáveis" e "O som do coração". Correm por fora da maior premiação da indústria do cinema o brasileiro "O signo da cidade", a comédia romântica "Vestida para casar" Os filmes estréiam no Brasil nesta sexta-feira.
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"Sangue negro" ("There will be blood"), no original, é o principal rival de "Onde os fracos não têm vez" na disputa pelo Oscar, com o mesmo número de indicações. Dirigido por Paul Thomas Anderson e estrelado pelo aclamado Daniel Day-Lewis, o filme narra o relacionamento entre um homem do petróleo e seu filho no Texas do início do século 20. Ele concorre aos troféus de melhor filme, diretor, ator, direção de arte, fotografia, edição, edição de som, e roteiro adaptado.

, "Elizabeth - A era de ouro" ("Elizabeth: The golden age"), é a sequência de "Elizabeth", de 1998, dirigida pelo mesmo Shekar Khapur. Cate Blanchett, indicada mais uma vez ao Oscar pelo mesmo papel, volta a viver a rainha Elizabeth I, que agora se vê entre o poder e o amor pelo explorador Sir Walter Raleigh (Clive Owen). O filme foi indicado também por melhor figurino.
Cate Blanchett em 'Elizabeth - A era de ouro' / Divulgação

Também com duas indicações, em categorias técnicas, está o faroeste "Os indomáveis"' ("3:10 to Yuma"), que chega por aqui meio ofuscado pela avalanche de estréias da temporada. Com direção de James Mangold, o filme concorre apenas por melhor trilha original e mixagem de som, apesar das ótimas atuações de Russell Crowe e Christian Bale e de seu ritmo instigante. Na história, um jovem vaqueiro (Bale) é persuadido a escoltar um bandido (Crowe), que espera pelo trem que irá levá-lo até a prisão de Yuma. O drama 'O som do coração' ("August Rush") - com Robin Williams, Keri Russell e Jonathan Rhys Meyers - está na disputa pelo Oscar de melhor canção original por "Raise it up". No filme, um garoto-prodígio da música sai do orfanato com a firme intuição de que pode encontrar seus pais.

Longe da pressão do Oscar,. "Vestida para casar" ("27 dresses", no original) é a pedida para os fãs de comédias românticas. Nele, a nova queridinha de Hollywood Katherine Heigl, da série "Grey's Anatomy", é Jane. Depois de ter sido dama de honra 27 vezes, ela reluta em participar do casamento de sua irmã com o homem por quem está secretamente apaixonada. Para completar, um jornalista acredita que a história dela pode alavancar sua carreira.

O filme brasileiro "O signo da cidade" é o lançamento "alternativo" da semana. O longa foi feito com baixo orçamento e produzido em família: Carlos Alberto Riccelli cuida da direção, enquanto Bruna Lombardi é roteirista e protagonista, contando ainda com a estréia nos cinemas do filho do casal, Kim Riccelli. Nele, diversos dramas urbanos se conectam através do programa de rádio de uma astróloga, que lida com as angústias das pessoas na grande São Paulo.

Feb 13, 2008

Eleições Primárias nos EUA - Notícia de verdade


Mais uma vez o blogueiro e professor ,Idelber Avelar sai na frente da imprensa brasileira.
Acompanhe:

Foram realizadas na noite passada as chamadas primárias do (rio) Potomac: os estados de Virgínia e Maryland e o Distrito de Columbia votaram para escolher o candidato democrata. Já se sabia que a vitória seria de Obama. A demografia lhe era favorável: a altíssima população afro-americana do Distrito de Columbia e a concentração de jovens em Virgínia garantia uma boa performance. Mas nem mesmo a campanha de Obama esperava a goleada que aconteceu. No post anterior sobre as primárias, eu citava uma pesquisa da Rassmussen que dava Obama por 55 x 37 na Virgínia, notando que os números poderiam estar exagerados, já que entre a população de trabalhadores blue-collar (proleta) da Virgínia, Hillary tinha boa penetração. E não é que os números da Rassmussen não estavam exagerados, e sim demasiado modestos? Obama ganhou a Virgínia por 64 x 35.

A goleada em DC foi 75 x 24 e em Maryland a diferença foi 62 x 35. A pior notícia para Hillary não é exatamente a diferença, mas a demografia dos votos. Em cada um dos grupos sociais em que Hillary vinha sistematicamente vencendo, Obama virou o jogo. 6 de cada 10 mulheres de Maryland votaram em Obama. 6 de cada 10 mulheres em Virgínia votaram em Obama. Na Califórnia, a vantagem entre o eleitorado latino havia sido chave para Hillary. Em primeiro lugar, acredito eu, porque eles se lembravam da administração de Bill Clinton, onde pela primeira vez os latinos tiveram postos de liderança. Em segundo lugar, pelas conhecidas tensões existentes -- em alguns lugares -- entre negros e latinos. Pois, na Virgínia, Obama carregou o voto latino com quase 60%. Há que se conhecer os EUA para saber a revolução que representa isso. Por pura curiosidade, passei a procurar informação sobre os eleitores de mais de 60 anos de idade, que era o único grupo social em que Hillary ainda ganhava de Obama em qualquer estado. Até mesmo com os velhinhos, entre os quais Hillary costumava vencer com mais de 30 pontos, ela perdeu. Todos os grupos que constituíam a base da candidatura de Hillary vão migrando para Obama.

Para piorar a situação de Hillary, a campanha entrou em parafuso. A coordenadora foi despedida. No seu discurso de ontem à noite no Texas, ela quebrou pela segunda vez uma longa tradição da política americana, ao não oferecer os parabéns a Obama pelas vitórias e nem mesmo agradecer aos seus voluntários no Potomac. Discursou como se não tivesse havido primárias na noite de ontem. Para quem, como eu, acompanhou cinco campanhas presidenciais americanas, é sinal de que o lateral-esquerdo já está na direita levantando chuveirinhos para o volante cabecear: confusão total. Minhas fontes dentro da campanha de Hillary são poucas, mas são unânimes: pegou mal, muito mal. A aposta de Clinton é clara neste momento: ganhar no Texas, em Ohio e na Pensilvânia. Mas na terça-feira que vem falam os eleitores de Wisconsin onde, pelo que parece, Obama já virou o jogo.

Agora Obama já tem uma vantagem de mais de 100 votos sobre Hillary entre os delegados conquistados democraticamente, nas primárias. Como a estas alturas já sabem os leitores do Biscoito, 20% da convenção democrata vem de “superdelegados” -- parlamentares e burocratas no partido -- nos quais Hillary tem maioria. Mas pela primeira vez nesta campanha, Obama já vence no cômputo geral até mesmo depois que consideramos os superdelegados (veja aqui e aqui). Para piorar a situação para a senadora de Nova York, cresce entre os democratas a sensação de que os superdelegados não podem reverter a vontade dos eleitores. Um a um, os superdelegados vão migrando para Obama.

PS: Amanhã, aqui no Biscoito: um texto sobre o que eu considero a votação mais importante do Senado americano nos últimos dez anos – surpreendentemente ignorada pela imprensa brasileira.

http://www.idelberavelar.com/

Feb 11, 2008

"Tropa de Elite" em Berlim


Wagner Moura e Maria Ribeiro, que fazem parte do elenco de Tropa de Elite, chegaram a Berlim para fazer o lançamento do filme ao lado do diretor José Padilha. O sucesso de bilheterias estréia no tradicional festival da cidade nesta segunda-feira.

Tropa de Elite concorre ao Urso de Ouro na mostra competitiva ao lado de filmes como Lake Tahoe, do mexicano Fernando Eimbcke, que foi elogiado durante sua exibição neste domingo. A primeira sessão da produção brasileira é no Berlinale Palast, sede do evento, às 16h.

No último final de semana, Tropa de Elite foi anunciado nos jornais internacionais como um novo Cidade de Deus. José Padilha chegou a ser citado pela Screen Magazine como o 'dono de um fenômeno cinematográfico'.

Feb 9, 2008

Acordo pode encerrar greve de roteiristas nos EUA

O sindicato que representa os roteiristas americanos anunciou neste sábado que alcançou um acordo preliminar com os maiores estúdios de cinema e televisão que pode acabar com a greve da categoria. Os roteiristas cruzaram os braços há três meses, exigindo serem pagos pelo uso de suas criações na internet.Cerca de 10,5 mil roteiristas americanos entraram em greve em cinco de novembro

Feb 6, 2008

Eleições Americanas de 2008



Idelber Avelar, colega blogueiro fez uma ótima análise sobre a Super-terça nos USA:


"É mais ou menos como os Campeonatos Brasileiros do final da década de 1970. Um time pode liderar estando atrás. Quem está na frente, ou quem “ganhou” a Super Terça, é uma questão que depende de seu interlocutor. Adotando o ponto de vista de como as coisas estavam há três semanas, não há como negar o enorme salto de Obama. Hillary liderava em praticamente todos os estados da Super Terça, com a exceção de Illinois. E Obama venceu em treze (Alaska, Alabama, Colorado, Connecticut, Delaware, Geórgia, Idaho, Illinois, Kansas, Minnesota, Missouri, North Dakota e Utah), enquanto Clinton venceu em oito (Arizona, Arkansas, Califórnia, Massachusetts, New Jersey, New York, Oklahoma e Tennessee), com o Novo México ainda indefinido às 6:50 de Brasília.

Mas Hillary também tem motivos para declarar vitória. Ela venceu em três dos quatro grandes estados (New York, Califórnia, New Jersey, perdendo só em Illinois) e abocanhou os estados “azuis”, que costumam votar nos democratas nas eleições gerais.

Obama pode declarar que ganhou num número maior de estados, venceu nos lugares onde os democratas costumam perder para os republicanos e confirmou sua elegibilidade, vencendo em estados tradicionalmente racistas como o Alabama ou “brancos” como o Utah e o Idaho.

Se consideramos “goleada” uma vitória com mais de 60% dos votos, Obama goleou em oito estados, enquanto Hillary goleou só em um (Arkansas). O número que realmente importa, que é o de delegados, está praticamente empatado.


Ainda é cedo para dizer que Obama virou o jogo, mas já não é correto dizer que Hillary é a favorita, como era indubitavelmente o caso até ontem. Isso, por três motivos: 1) o dinheiro. Obama levantou 32 milhões em janeiro, enquanto Hillary levantou 13 milhões. 64% dos doadores de Clinton chegaram ao seu teto legal.

No levantamento de verbas para Obama, há um vasto campo de pequenos doadores, mobilizados via internet, que ainda têm muito gás.

2) a tendência geral do voto, que nitidamente favorece Obama, considerando-se que até muito pouco tempo atrás Hillary era a candidata considerada inevitável.

3) o calendário. As próximas primárias são em lugares onde a vantagem é de Obama. No próximo dia 09 de fevereiro, os democratas de Washington State (não a capital, mas o estado, que fica no extremo noroeste do país), Nebraska, Ilhas Virgens e daqui da Louisiana darão o seu pitaco. No dia 12, reúnem-se os democratas de Maryland, que tem a maior população negra do norte do país (28%) e de Virgínia, onde Obama é favorito. Do jeito que vai a coisa, é difícil imaginar que ela se defina antes da convenção.

A campanha de Obama, ancorada principalmente nos jovens -- homens e mulheres -- não cometeu, este ano, o erro cometido pela campanha de Howard Dean em 2004. O entusiasmo dos jovens em torno a Dean em 2004 acabou criando expectativas enormes e projeções irreais. Quando Dean perdeu a primeira primária, a de Iowa, acabou tendo que fazer um discurso exaltado para manter o ânimo dos apoiadores. O discurso pareceu grosseiramente anti-presidencial e a campanha desabou. Ao longo desta semana, as lideranças ligadas a Obama fizeram questão de estabelecer objetivos modestos: se ficarmos até 100 delegados atrás e conquistarmos alguns estados, estaremos em ótimas condições. O resultado é que com os números desta terça, a base sai com a sensação de vitória.

A emocionante contagem dos votos na noite passada registrou mais um gol da blogosfera sobre a grande mídia. Enquanto apoiadores de Clinton e de Obama roíam as unhas na contagem, o site Político e a cadeia de televisão MSNBC declararam vitória para Clinton, já que ela liderava com 3% de vantagem (a prova está aqui, graças ao Gravata). Até o mestre Josh Marshall embarcou nessa. Às 02:59 eu coloquei uma atualização que basicamente dizia: vocês são irresponsáveis; os votos que faltam são todos de Saint Louis e Kansas City, áreas de Obama! Foi dito e feito. Obama virou. Fica aí a lição. Cuidado com as projeções da grande mídia, sempre.

No lado republicano, a grande história foi o carolão. A dúvida geral antes da Super Terça era se John McCain confimaria a indicação ou se o Barbie Mitt Romney conseguiria equilibrar o jogo. Não aconteceu nem uma coisa nem outra. Sem grana e sem mídia, o carola Huckabee, que quer emendar a constituição para que ela se adeque à Bíblia, ganhou em todo o sul do país. A nominação dificilmente escapa de McCain, que ainda lidera com folga, mas quem lhe deu o susto foi o carolão, não o Barbie.

PS: Meu muito obrigado aos leitores que animaram a caixa de comentários nesta noite. Foi muito bom :-)"

http://www.idelberavelar.com

Feb 3, 2008

Feb 2, 2008

Ivete cheia de brilho e cristais no carnaval



Ivete Sangalo abalou na abertura do Carnaval da Bahia, quinta-feira. Com figurino glamouroso ela provocou: “Minha vontade é de sair nua na avenida, mas isso não é possível”.

Ivete Sangalo vai usar pouca roupa durante os seis dias do Carnaval de Salvador

A cantora vai abrir o bloco Cerveja & Cia no circuito Barra-Ondina vestida como uma dançarina de cassino de Las Vegas. Quem garante é Patrícia Zuffa, "personal stylist" de Ivete. "Será o Carnaval do glamour", promete Patrícia.

Ivete também vai homenagear o Rio de Janeiro e as musas do Carnaval carioca, entre elas, Luma de Oliveira.

Os bailes antigos de Carnaval também vão ser lembrados. "Vamos fazer uma homenagem aos blocos tradicionais, ao passado", diz Patrícia.

Há oito anos, Patrícia é responsável pelo guarda-roupa e pelos figurinos que a cantora veste durante a festa.

A elaboração do figurino começou em julho do ano passado. Patrícia contou com a ajuda do carnavalesco Saulo Henrique, que já trabalhou com Luma e Adriane Galisteu.

"Ele ajudou muito na confecção de todas as fantasias de Ivete. Tudo é muito grande, mas não é pesado. Não podemos tirar o movimento da Ivete em cima dos trios. Ela tem uma personalidade muito forte e ela combina com tudo isso", disse.

Patrícia e Saulo Henrique buscaram referências em Nova York, na Rua 25 de Março, em São Paulo, e na Rua Alfândega, no Rio. Toda a vestimenta foi confeccionada com muitos cristais e plumas nas cores branca, prata e dourado.

Pela primeira vez, Ivete vai cantar todos os dias no Carnaval de Salvador. Ela desfila três dias no circuito Barra-Ondina, com o bloco Cerveja&Cia, e outros três dias no Campo Grande, com o bloco Coruja.

Na quarta-feira de Cinzas, ela vai comandar o tradicional arrastão da Barra. "Para o ano que vem, vamos buscar inspiração em Marte. Teremos que ir à Via Láctea", brinca Patrícia.
Por: Juliana Jacob

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