Brigitte Bardot comemorou hoje seus 72 anos, e o 20º aniversário de sua fundação protetora de animais.
Bardot subiu no palco de um lotado teatro do Centro parisiense com a ajuda de duas muletas, pois sofre de artroses nos quadris e não quer operar "por medo", como reconheceu recentemente.
"Estou muito emocionada por poder festejar com vocês este 20º aniversário (da Fundação). E vocês podem me beijar sem moderação pelo meu 72º aniversário", disse Bardot.
"Assim não vale a pena ser jovem", brincou uma das intérpretes de "...E Deus criou à mulher", filme de 1956.
Bardot, que logo passou a palavra aos diretores de sua fundação, se mostrou natural o tempo todo, e não se envergonhou de reconhecer que desconhecia o protocolo da cerimônia, pois acabava de chegar de sua casa em Saint-Tropez, em Côte d'Azur.
Em 20 anos, a Fundação Brigitte Bardot para a Proteção de Animais Domésticos e Selvagens passou de um pequeno quarto na casa da artista, em Saint-Tropez, a uma instalação em um luxuoso edifício de três andares em Paris.
No ato, a Fundação de Brigitte Bardot projetou duras imagens sobre filhotes de focas sacrificadas, raposas ensanguentadas e com a pele sendo arrancada, e bezerros degolados.
"Estas imagens me atormentam. Por isso fiquei tão desconfiada com relação ao ser humano, um animal de uma crueldade inimaginável, de quem é preciso proteger os animais", criticou Bardot.
Simpatizante ultradireitista, Bardot foi condenada em 2004 a pagar 5 mil euros por estimular o ódio racial em seu livro "Um grito no silêncio", no qual lamenta "a islamização da França".
Em janeiro, Bardot voltou a causar polêmica, ao assegurar que a França era uma "terra de refúgio de degoladores", na qual se permite que milhares de cordeiros sejam sacrificados por conta da celebração muçulmana do Aid al Adha (festa do Sacrifício).
Seis meses mais tarde, Bardot advertiu que poderia se exilar na Suécia, por se sentir "muito mais próxima à sensibilidade" desse país nórdico no que dizia respeito ao tratamento dispensado aos animais.
A Fundação atua no mundo todo em defesa dos animais, tanto domésticos como selvagens, para o qual conta com cerca de quarenta empregados, como explicou a diretora-geral Ghyslaine Calmels-Bock.
Uma de suas principais batalhas é conseguir o fim da caça de focas no Canadá, onde este ano serão sacrificados 330 mil destes mamíferos, segundo a "número dois" da Fundação, Christophe Marie.
O responsável jurídico da instituição, François-Xavier Kelidjian, aproveitou o "duplo aniversário" para anunciar a criação de um certificado que a Fundação conferirá anualmente para "não mais de seis" empresas e administrações locais que demonstrem respeitar os animais.
Também será criado um prêmio Brigitte Bardot, que recompensará as "ações exemplares" em prol da causa animal. No próximo ano, a Fundação lançará uma campanha para acabar com o consumo alimentício de cavalo na França, Bélgica e Itália.
"Não podemos pedir a todos que se tornem vegetarianos, mas sim que não comam cavalo", disse Bardot, antes de sugerir aos presentes que comessem alimentos leves entre as refeições, sem carnes nem peixes.
texto da Agência EFE
Brigitte Bardot, nome artístico de Camille Javal, (Paris, 28 de Setembro de 1934) é uma atriz da francesa.
Bardot foi uma das atrizes mais conhecidas do cinema, bem como símbolo sexual mundial nas décadas de 50 e 60. Seu pai, Louis Bardot, foi um industrial da alta burguesia francesa. Sua mãe era 14 anos mais jovem que o pai de Brigitte e casaram-se em 1933. Brigitte recebeu influência de sua mãe nas artes da dança e música. Com quinze anos, Brigitte tentou a carreira de modelo e foi capa da revista "Elle Magazine" francesa.
Tentou a carreira de atriz no cinema desde 1952. Participou de muitas produções antes de estourar como "Manina" em "A moça sem véu" (1952) (título original: Manina, la fille sans voile)" o pai de Brigitte recorreu à Justiça para impedir que o diretor Willy Rozier utilizasse cenas em que Brigitte Bardot aparece semi-vestida em um pequeno biquíni.
Seu primeiro papel no cinema foi como "Javotte Lemoine" em Le Trou normand (1952). No verão de 1964 Brigitte Bardot mudou a vida de uma pequena cidade do litoral do Rio de Janeiro chamada Armação dos Búzios onde ficou hospedada em suas visitas pelo Brasil. Em sua biografia, Bardot deixou registrado que os períodos passados na região foram as épocas mais lindas de sua vida.
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