Sep 29, 2006
INTRODUÇAÕ A ASTROLOGIA - Arquétipos
Considera-se frequentemente que Sigmund Freud "descobriu" o inconsciente como sendo aquela parte da psique que contém experiências desagradáveis ou mesmo traumáticas que tenham sido reprimidas pela mente consciente. Jung vai mais longe: na sua opinião, não só existe um inconsciente individual como também existe um inconsciente colectivo, o qual contém a imensa herança psíquica da evolução humana. De acordo com Jung, esta herança renasce na estrutura de cada indivíduo.
Os sonhos podem ser considerados como possíveis escapes do inconsciente individual e colectivo. Figuras que aparecem frequentemente nos sonhos como o tenebroso perseguidor ou a criança inocente são símbolos que representam uma ligação com dimensões sobre as quais não estamos conscientes. Estas podem despertar em nós certas associações que não poderíamos entender apenas com a mente racional.
Jung descobriu que muitos destes símbolos são de natureza universal. Estes podem ser encontrados nos mitos e contos de fadas de todos os povos. Eles mostram um "conhecimento" ou "sabedoria" comum a toda a humanidade. Por isso Jung chamou a estes símbolos Imagens Primordiais ou Arquétipos. As imagens primordiais não podem ser descritas com exactidão. Liz Greene vê-as como padrões de energia que se expressam em todo o nosso meio-ambiente. Embora não tenham uma forma distinta, estas expressam-se nos símbolos do mundo que nos rodeia.
Assim, o sistema solar pode ser visto como o símbolo de um padrão de energia viva, reflectindo a todo o momento as mais pequenas formas de vida, as quais estão nele contidas. O horóscopo individual é uma representação simbólica destes padrões de energia. Nestes símbolos podemos ver as sementes da potencial personalidade do indivíduo. Jung descreve os planetas como "deuses", símbolos ou poderes do Inconsciente. No entanto, estes "deuses" funcionam de maneira diferente de indivíduo para indivíduo.
Do ponto de vista astrológico, o símbolo do sol representa a alma, o centro, a figura do rei ou do chefe bem como a força viva criativa que se encontra em cada indivíduo. Estas interpretações podem ser extraídas deste único símbolo de forma não arbitrária. Liz Greene descreve o símbolo como sendo a forma primária de expressão do Inconsciente. Em Relacionamentos escreve:
Um símbolo sugere ou deduz um aspecto da vida que permanece inesgotavelmente sujeito a interpretações e que finalmente ilude todos os esforços do intelecto para o firmar ou contêr. Ninguém conseguirá jamais alcançar as profundidades dos seus numerosos significados.
Um símbolo arquétipo central na Astrologia é o círculo do horóscopo. Em todas as culturas, o círculo é considerado um símbolo da totalidade. Do mesmo modo, o horóscopo representa a totalidade do indivíduo e o arquétipo do "Eu".
Textos de Liz Greene
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